Diabetes em cachorro: 7 sinais e ações que prolongam a vida do seu pet | Gold Lab Vet

Diabetes em cachorro: 7 sinais e ações que prolongam a vida do seu pet

Diabetes em cachorro
Tabela de conteúdo

A diabetes em cachorro é uma condição crônica que afeta muitos pets e se assemelha bastante à doença que ocorre em humanos. Assim como em humanos, a diabetes em cachorro pode estar associada tanto à perda ou disfunção da secreção de insulina pelas células beta pancreáticas (diabetes tipo 1), quanto à redução de sensibilidade à insulina nos tecidos (diabetes tipo 2).

Muitos tutores não sabem, mas o sedentarismo, combinado com alta ingestão de gordura, pode levar não apenas à obesidade canina, mas também ao desenvolvimento dessa doença. De fato, cerca de 30% dos cachorros com diabetes apresentam pancreatite crônica como causa potencial do problema.

O diagnóstico precoce é fundamental para garantir qualidade de vida ao seu pet. Por isso, é essencial realizar exames regulares. Além disso, fatores como idade superior a 8 anos, raças específicas e estado reprodutivo podem aumentar as chances de diagnóstico da enfermidade. Particularmente, as fêmeas não castradas têm duas vezes mais chances de desenvolver a patologia do que os machos.

O que é diabetes em cachorro?

Cachorro com diabete triste

A diabetes em cachorro é uma doença metabólica caracterizada pela incapacidade do organismo em regular adequadamente os níveis de glicose no sangue. Essa condição ocorre quando há problemas com a produção ou funcionamento da insulina, hormônio essencial para o controle da glicose. Diferentemente do que muitos pensam, essa doença afeta significativamente a qualidade de vida do animal quando não tratada corretamente.

Diferença entre diabetes tipo 1 e tipo 2 em cães

Nos cães, a forma mais comum é a diabetes tipo 1, também chamada de insulinodependente. Nesse caso, ocorre uma destruição das células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. Como resultado, o animal não consegue produzir insulina suficiente e precisa de injeções diárias desse hormônio para sobreviver.

Por outro lado, a diabetes tipo 2 é menos frequente em cães. Nessa variante, o corpo produz insulina, mas as células desenvolvem resistência a ela. O organismo não responde adequadamente ao hormônio, mesmo quando ele está presente em quantidades normais. Esse tipo está frequentemente associado à obesidade e ao sedentarismo.

Vale ressaltar que, além desses tipos principais, as cadelas podem desenvolver diabetes gestacional durante o período de cio ou gravidez. Isso acontece devido às alterações hormonais que interferem na ação da insulina. Por isso, a castração é frequentemente recomendada como parte do tratamento em fêmeas diabéticas.

Como a insulina atua no corpo do animal

A insulina funciona como uma “chave” que abre as células para a entrada da glicose. Quando seu cão se alimenta, os carboidratos são transformados em glicose, que é liberada na corrente sanguínea. Normalmente, o pâncreas detecta esse aumento e libera insulina para:

  • Permitir que a glicose entre nas células para ser usada como energia;
  • Armazenar o excesso de glicose no fígado na forma de glicogênio;
  • Impedir que o fígado produza mais glicose quando não é necessário.

Sem insulina suficiente ou com resistência a ela, a glicose permanece na corrente sanguínea, causando hiperglicemia (alto nível de açúcar no sangue). Enquanto isso, paradoxalmente, as células ficam “famintas” por não conseguirem absorver o açúcar disponível.

Por que a diabetes em cachorro é crônica e não tem cura?

Atualmente, a diabetes em cachorro é considerada uma condição crônica e sem cura por diversos motivos. Primeiramente, no caso da diabetes tipo 1, as células produtoras de insulina são permanentemente destruídas, impossibilitando sua regeneração natural. Uma vez iniciado esse processo autoimune, não há como reverter o dano causado ao pâncreas.

Ademais, fatores genéticos contribuem significativamente para a predisposição à doença. Raças como Poodle, Beagle, Dachshund e Schnauzer Miniatura apresentam maior risco de desenvolver a condição, indicando uma base genética que não pode ser modificada.

No entanto, apesar de não haver cura, a boa notícia é que o cachorro com diabetes pode levar uma vida praticamente normal com tratamento adequado. O acompanhamento regular com exames como o exame de glicohemoglobina permite avaliar o controle glicêmico a longo prazo, sendo essencial para ajustar o tratamento conforme necessário.

O manejo da doença exige comprometimento do tutor com aplicações regulares de insulina, alimentação balanceada e monitoramento constante. Com esses cuidados, seu pet pode manter boa qualidade de vida, apesar da condição crônica.

Principais causas e riscos da diabetes em cachorro

Obesidade é um dos sintomas mais comuns de diabetes em cachorro

Entender o que causa a diabetes em cachorro é fundamental para prevenir e gerenciar adequadamente essa condição. Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento desta doença metabólica, desde características genéticas até hábitos alimentares inadequados.

Predisposição genética e raças mais afetadas

Algumas raças apresentam maior propensão a desenvolver diabetes em cachorro, sugerindo uma forte influência genética. Poodles, Beagles, Schnauzers Miniatura, Cairn Terriers, Spitz Finlandês e Samoiedas estão entre as raças com maior risco. Os Labradores e Golden Retrievers, por outro lado, apresentam menor incidência da doença.

Além da raça, a idade também influencia significativamente no surgimento da diabetes canina. Cães de meia-idade a idosos, geralmente com mais de 7 anos, apresentam maior probabilidade de desenvolver a doença. As fêmeas, principalmente não castradas, têm risco duas vezes maior quando comparadas aos machos.

Obesidade e sedentarismo

O excesso de peso é um dos principais fatores de risco modificáveis para a diabetes em cachorro. Um cão obeso desenvolve resistência à insulina, o que significa que, mesmo com produção normal do hormônio, as células não respondem adequadamente a ele.

Segundo estudo da MSD Vet Manual, esta resistência sobrecarrega o pâncreas, que precisa produzir quantidades cada vez maiores de insulina. Eventualmente, as células pancreáticas se esgotam e falham, levando ao quadro diabético. Por isso, manter o peso ideal do seu pet e garantir atividade física regular são medidas preventivas essenciais.

Doenças hormonais e uso de medicamentos

Desequilíbrios hormonais frequentemente estão associados ao desenvolvimento da diabetes canina. Condições como:

Estas condições alteram o metabolismo da glicose e podem prejudicar a função da insulina. Ademais, o uso prolongado de certos medicamentos, especialmente corticosteroides como a prednisona, pode induzir diabetes temporária ou permanente em cães predispostos.

No caso de animais em tratamento com estes medicamentos, o monitoramento regular com o exame de glicohemoglobina é fundamental para avaliar os efeitos a longo prazo na glicemia.

Pancreatite e outras condições associadas

A inflamação do pâncreas (pancreatite) representa um importante fator desencadeante para a diabetes em cachorro. Durante o processo inflamatório, as células beta produtoras de insulina podem ser danificadas ou destruídas permanentemente.

Aproximadamente 30% dos cães diabéticos têm histórico de pancreatite, que pode ser aguda ou crônica. Dietas ricas em gorduras, predisposição genética e outras doenças podem levar à pancreatite em cachorro.

Além disso, infecções recorrentes, doenças autoimunes e tumores pancreáticos são condições que aumentam o risco de desenvolvimento da diabetes em cachorro. Para animais com estas condições, o acompanhamento periódico nas unidades do Gold Lab Vet no Tatuapé ou Jabaquara podem garantir diagnósticos precoces e melhores prognósticos.

Sintomas comuns de diabetes em cachorro

A catarata é um sintoma relacionado a diabetes em cachorro

Reconhecer os sinais da diabetes em cachorro pode salvar a vida do seu pet. Muitos tutores demoram a perceber os sintomas iniciais, o que retarda o diagnóstico e tratamento adequado. Fique atento aos seguintes indicadores que podem sinalizar que seu animal está desenvolvendo essa condição.

Poliúria, polidipsia e polifagia

Os três “polis” são os sinais clássicos da diabetes canina. A poliúria (urinar em excesso) ocorre porque os rins não conseguem reabsorver a glicose filtrada, levando à eliminação de grandes volumes de urina. Seu cão pode começar a fazer xixi dentro de casa, mesmo quando já estava adestrado.

A polidipsia (sede excessiva) surge como resposta à desidratação causada pela micção frequente. Você notará seu pet bebendo água constantemente e esvaziando o pote muito mais rápido que o normal.

Já a polifagia (aumento do apetite) acontece porque, apesar da alta concentração de glicose no sangue, as células não conseguem utilizá-la sem insulina. Portanto, o organismo “pensa” que está com fome. O Exame de Glicose – Glicemia veterinário é fundamental para confirmar se esses sintomas estão relacionados à diabetes.

Perda de peso e letargia

Paradoxalmente, mesmo comendo mais, o cachorro com diabetes tende a perder peso. Isso ocorre porque o corpo, sem conseguir usar a glicose como energia, começa a quebrar gordura e proteína muscular. A perda de massa muscular é particularmente notável na região das costas e coxas.

A letargia e cansaço aparecem devido à falta de energia celular. Seu pet pode mostrar menos interesse em passeios, brincar menos ou dormir mais que o habitual. Quando esses sinais aparecem junto com os “polis”, é hora de agendar uma visita ao veterinário e solicitar o exame de glicohemoglobina, que avalia o controle glicêmico das últimas semanas.

Catarata e infecções recorrentes

Com o progresso da diabetes em cachorro, as complicações começam a surgir. A catarata diabética pode desenvolver-se rapidamente, fazendo com que os olhos do animal fiquem opacos e esbranquiçados. Muitos tutores notam primeiro essa mudança ocular antes de perceberem outros sintomas.

As infecções recorrentes, especialmente de pele e trato urinário, acontecem porque o excesso de glicose no sangue cria um ambiente favorável para bactérias e fungos. Feridas que demoram a cicatrizar também são um sinal de alerta.

Presença de formigas na urina

Um sinal incomum, mas bastante característico, é a presença de formigas atraídas pela urina do animal. Isso ocorre porque a urina contém glicose, que atrai esses insetos. Se você notar formigas se reunindo onde seu cachorro urinou, principalmente em superfícies secas como o piso, considere fazer o exame de urina tipo 1 imediatamente nas unidades do Gold Lab Vet no Tatuapé ou Jabaquara.

Exames essenciais para o diagnóstico diabetes em cachorro

Cachorro fazendo exame de sangue por causa da diabetes

Para confirmar o diagnóstico da diabetes em cachorro, alguns exames laboratoriais veterinários específicos são essenciais. A combinação desses testes não apenas confirma a condição, mas também ajuda no monitoramento contínuo do tratamento.

Exame de Glicose – Glicemia veterinário

O exame de glicemia veterinário é fundamental para diagnosticar a diabetes em cachorro. Os valores normais de glicose no sangue para cães saudáveis ficam entre 70 e 120 mg/dL. O diagnóstico de diabetes é confirmado quando a glicemia em jejum está persistentemente acima de 200 mg/dL. Em alguns casos, mesmo sem jejum, valores superiores a 273 mg/dL já caracterizam a doença. Para realizar este exame, é necessário jejum alimentar de 12 horas, com água à vontade.

Exame de Urina tipo 1

O exame de urina veterinário é crucial no diagnóstico do cachorro com diabetes. Quando a glicose no sangue ultrapassa o limiar renal (aproximadamente 180 mg/dL), o excesso é eliminado pela urina, causando glicosúria. Este exame também detecta corpos cetônicos, proteínas e possíveis infecções urinárias secundárias à diabetes. A coleta deve ser feita em frasco adequado e refrigerada até a análise.

Exame de Glicohemoglobina

O exame de hemoglobina glicada ou glicohemoglobina é um exame valioso que reflete os níveis médios de glicose nas últimas 2-3 semanas em cães. Diferentemente da glicemia pontual, este teste não sofre alterações por estresse ou variações momentâneas. Valores elevados indicam diabetes mal controlada, enquanto níveis normalizados sugerem tratamento eficaz.

Importância do diagnóstico precoce

O diagnóstico precoce da diabetes canina é essencial para evitar complicações graves como catarata, pancreatite, alterações renais e infecções bacterianas secundárias. Segundo especialistas, quanto mais cedo for diagnosticada a doença, maiores as chances de controlar a condição eficazmente e proporcionar qualidade de vida ao animal.

Check-ups regulares em clínicas especializadas como a Gold Lab Vet

As visitas regulares ao médico veterinário são fundamentais para monitorar a progressão da diabetes. Nas unidades do Gold Lab Vet no Tatuapé e Jabaquara, os check-ups incluem avaliação completa com exames físicos, laboratoriais e exames de imagens. Mesmo após a estabilização da condição, o acompanhamento periódico com endocrinologista veterinário é necessário, pois a diabetes pode afetar o animal de forma diferente ao longo do tempo.

Principais cuidados com o cachorro com diabetes

Cachorro com sua tutora fazendo atividade física por causa da diabetes

O controle eficaz da diabetes em cachorro exige comprometimento e disciplina. Com o tratamento adequado, seu pet pode ter uma vida longa e saudável, mesmo com essa condição crônica.

Aplicação de insulina e monitoramento glicêmico

A insulinoterapia é a base do tratamento para o cachorro com diabetes. Geralmente, os cães precisam de duas aplicações diárias, separadas por 12 horas. Existem diferentes tipos de insulina veterinária, sendo a NPH e a lenta as mais utilizadas. O veterinário determinará o tipo e a dosagem ideal para seu pet.

O monitoramento da glicemia é essencial para avaliar a eficácia do tratamento. Isso pode ser feito em casa com glicosímetros específicos para uso veterinário ou por meio do Exame de Glicose – Glicemia veterinário regular.

Alimentação adequada e horários fixos

A dieta é um pilar fundamental no manejo da diabetes em cachorro. Alimentos ricos em fibras e proteínas, com baixo índice glicêmico, são ideais. As refeições devem coincidir com as aplicações de insulina, sempre nos mesmos horários.

Manter a consistência é crucial, mesmo petiscos devem ser oferecidos em horários regulares. Ademais, a quantidade de alimento deve ser a mesma todos os dias, evitando flutuações glicêmicas.

Exercícios físicos e controle de peso

A atividade física regular ajuda a controlar os níveis de glicose e prevenir a obesidade caninca. No entanto, o exercício deve ser consistente em intensidade e duração. Mudanças bruscas na rotina de atividades podem desestabilizar os níveis glicêmicos.

Importância da castração em fêmeas

Para cadelas diabéticas, a castração é altamente recomendada. Durante o cio, hormônios como progesterona causam resistência à insulina, dificultando o controle da doença. A ovariohisterectomia elimina essas flutuações hormonais, facilitando a estabilização da glicemia.

Dúvidas frequentes sobre diabetes em cachorro

Receber o diagnóstico de diabetes em um cão pode gerar muitas dúvidas e inseguranças. Afinal, lidar com uma condição crônica exige conhecimento e comprometimento por parte do tutor. Para ajudá-lo a entender melhor essa enfermidade e cuidar com segurança do seu companheiro, reunimos abaixo as perguntas mais comuns sobre a diabetes em cachorro.

Quais são os principais sintomas de diabetes em cachorro?

Os sintomas mais comuns incluem sede excessiva, aumento da frequência urinária, aumento do apetite, perda de peso inexplicável e letargia. Também podem ocorrer problemas de visão e infecções recorrentes.

Como é feito o diagnóstico de diabetes em cachorro?

O diagnóstico é feito principalmente através do exame de glicemia, que mede os níveis de glicose no sangue. Outros exames importantes incluem o exame de urina tipo 1 e o teste de glicohemoglobina, que avalia o controle glicêmico nas últimas semanas.

Qual é o tratamento mais comum para cachorro com diabete?

O principal tratamento consiste na aplicação regular de insulina, geralmente duas vezes ao dia. Isso é combinado com uma dieta adequada, exercícios físicos controlados e monitoramento constante dos níveis de glicose.

Quais são os fatores de risco para cachorro com diabetes?

Os principais fatores de risco incluem obesidade, idade avançada (acima de 7 anos), certas raças predispostas, pancreatite crônica e outras doenças endócrinas. Fêmeas não castradas também têm maior risco.

É possível prevenir a diabetes em cachorro?

Embora não seja possível prevenir completamente, manter um peso saudável, fornecer uma dieta equilibrada e garantir exercícios regulares podem reduzir significativamente o risco. Check-ups veterinários regulares também são importantes para detecção precoce.

Considerações finais sobre diabetes em cachorro

É evidente que a diabetes em cachorro exige atenção contínua e dedicação. Apesar de ser uma condição crônica e sem cura, o diagnóstico precoce, combinado com tratamento adequado, permite que seu pet desfrute de uma vida plena e saudável. O reconhecimento dos sinais clássicos como sede excessiva, aumento da frequência urinária e apetite voraz constitui o passo inicial para buscar ajuda veterinária.

Durante o tratamento, a aplicação correta de insulina, aliada a uma alimentação balanceada e exercícios regulares, formam a base para o controle eficaz da doença. Consequentemente, seu cachorro com diabetes poderá manter uma rotina praticamente normal, desde que haja comprometimento com os horários fixos de medicação e alimentação.

O diagnóstico de diabetes em cachorro pode parecer assustador inicialmente. Entretanto, com informação adequada e suporte profissional, você estará preparado para oferecer os melhores cuidados ao seu companheiro de quatro patas.

A combinação de amor, disciplina e acompanhamento médico certamente proporcionará uma vida feliz e confortável para seu cachorro com diabetes.

Compartilhe

Conteúdos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Localizações

Confira as unidades dos Laboratórios Veterinários da Gold Lab Vet, localizadas nas zonas Sul e Leste de São Paulo.

Unidade Zona Sul

Unidade Zona Leste